sexta-feira, 25 de março de 2011

Vela

A chama da vela
parece
dançar antes da
derradeira partida.
Do vazio, da escuridão.
Mas os anjos falam, sem a voz
cálida da consciência.
Quem somos,
todos anjos?

Pai

Meu pai morreu, no segundo
ano de minha existência.
Fica lá, sempre passeando em meus pensamentos,
sem um rosto definido.
Ora amado, ora odiado.
Como pode morrer assim, um pai,
e deixar um mundo vazio para sua filha.

Sou eu

Como fazê-lo entender,
que não somos só nós no
entorno.
O mundo não se reinventou
por voce.
Sou mais que uma simples mulher
que você quer.
Quem abraçaria o mundo que trago
dentro de mim, quem
descobriria comigo, todos os
meus segredos e mesmo assim,
colocaria a cabeça sobre o meu colo.
Não sei.
Mesmo assim, minha alma insiste em ser
solidária a este amor que desanda,
bem no fundo de nosso quintal.

Pensar

Pensamento vagos,
sempre assim,
nos finais das tardes.
Um vazio que abraça-me,
fortemente, mesmo você
estando ao meu lado.
Concentração zero,
em qualquer coisa
que eu tente fazer, sons embaralhados,
ansiedade.
Quero ir, desejo de partir correr
de braços abertos,
como quando eu brincava ao lado do mar.
Não é você, adoro rir contigo,
sentir tuas mãos sobre os meus seios,
todas as manhãs.
Nossa história é recente,
não é justo.

terça-feira, 22 de março de 2011

Anjo Guardião

Anjo, meu pequeno grande guardião,
quando voltares do teu passeio pelo infinito,
abraça-me, como a uma criança que sou.

Leva-me para passear e cante comigo,
aquela canção infantil, ensina-me a descobrir
todas as crianças em mim.

Vamos depois brincar de pular pelas nuvens,
molhar-nos nas águas da chuva e pedir
para o sol  brincar um pouco também.

Na volta, não será necessário haver despedida,
quando bater saudades, eu gritarei ;
Meu anjo guardião.

Qual é o teu nome?