domingo, 21 de agosto de 2011

Quem

Não soube, das minhas dores,
ah! nem de meus odores,
passou tão politicamente correto.
Discursou  os seus dissabores, provou
das minhas alegrias, fugiu das minhas
vontades, se impôs nas noites vadias.
Contou-me algumas de suas histórias,
fez-se forte e fraco no mesmo dia.
Mas há de haver um motivo, para
ser lembrado agora.
Carência minha ou destrato a
antipatia.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Tentação

Eu o teria, quase sempre ao meu lado.
vermelho intenso, tentação diária,
mãos firmes, brinde à vida.


Fogo


Antes do fogo, as delícias descobertas,
puros e impuros, porque dar a pessoas ou atos, 
significados, valores, se o que vale mesmo,
são somente as sensações.

Na fenda do chão, esgueiro-me sem prestar contas
ao mundo, buscando quem sabe, o Eu
fugido de mim.

Terra partida que me abriga desde a vida, mãe insensata
derruba delicadamente teu filho ao chão, que culpa tem
as labaredas que cerceiam tua força.

Não combine os versos, os irmãos, os sons
que te destratam, somos chamas, não divinas
frutos da ocasião.