quarta-feira, 29 de setembro de 2010

São João


São João, proteja a
fogueira do meu coração,
que ela nunca se apague.

Que este fogo intenso, 
continue e perdure por
toda a minha vida.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Broche



Não é meu acessório preferido,
mas tive um, ou melhor ganhei um em forma de uma flor na ocasião de minha formatura
da faculdade.
Minha primeira e unica jóia!

Jóia não pelo valor financeiro, mas por ter sido dada por um dos anjos
que fizeram e ainda  fazem parte de minha vida.

Ficou lindo em minha blusa de estampas floridas, pequenas e delicadas,
não o tenho mais , talvez o tenha perdido em umas das minhas
inúmeras mudanças.

Não o tenho fisicamente, mas o que ele representou um dia em minha vida,
está em minha memória e em meus sentimentos
até hoje.

Menina



Antes tarde do que nunca,
me achei na fotografia  preto e branco,
em um velho porta-retratos

Menina, assim com os cabelos
desgrenhados, sorriso
de encantamento

Me vejo tão pura,
nem feia, nem bela,
apenas uma menina.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Grande Rio

Quero, ah! como quero
me jogar em teu braços turvos

Me deixar levar por lugares longínquos, brincar com
tuas crias mais mansas

Fugir do olhar 
dos gigantes que abriga

Ouvir o canto,
daqueles que em suas águas repousam

Colher em suas margens,
uma, das muitas flores nativas

Ser tua por um dia!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Árvore amiga


Nasceremos de novo,
eu e voce , e em
qualquer lugar nossas raízes
brotarão

No chão!

Nos contemplaremos e seremos,
em qualquer vida e tempo

Amigas!

Tua flor e minha dor,
o mesmo caminho

Nosso destino!

Árvore com flor, moça virgem no chão,
com sua história

Nossa despedida!

(2)

Bem no meio do caminho
árvore linda, linda árvore
deixei lá, teu ninho.

domingo, 19 de setembro de 2010

As borboletas dependem do vôo para concluir seu ciclo vital.


Eu dependo de mim mesma para me fazer
 e te fazer feliz,
livre ao teu lado, conservo o meu brilho, minha vontade, minha delicadeza
e força.

A cada vôo, visito os mais lindos lugares, descubro outros caminhos, outras histórias;
de volta  pouso delicadamente em teus braços e
 o néctar dos teus lábios,

é o que me faz tão forte agora.

sábado, 18 de setembro de 2010

Devaneios


Pastoreia meus sonhos, mas
não os leve de mim;

Permita-me sonhar e ter
meus devaneios...

Não provoque meus pesadelos, alimente
minhas lembranças

e

brinque de ser "eu" em mim.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Caminhos


Minha alma nua, me desnuda,
tentando me fazer esquecer,
minha negritude

Leviana alma negra e branca,
abriga tão somente este corpo.
Não se faça de arrogante e dura

Pequena alma criança, me abrace,
simplesmente e dance.


domingo, 12 de setembro de 2010

Lua


Queria morar do outro lado da lua. ser vizinha das estrelas,
 dar a mão para o cometa
Queria ser outra por inteira, desfazer as brincadeiras e acreditar
que sou a fada, por quem se apaixona o duende.

Queria descobrir  os teus segredos, desfazer os teus mistérios e 
ser tua companheira.

Queria ser uma pequena lamparina a clarear a rua inteira,
ser menina bailarina, borboleta azul e verde.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Renascimento


Foi assim, bem devagarinho, achando uma brecha entre um obstáculo e outro, que nasci e renasci
várias vezes nesta minha vida louca e linda. As dores do parto, não as senti.
Sentindo a hora, mais a  vontade de descobrir o mundo fora do oceano em que estava morando
há tempo...
Desabrochei lentamente, entre as águas de um rio vermelho e as águas de um mar de lágrimas.
E como as flores pequenas e fortes, que teimam em nascer e sobreviver em terras áridas,
aqui estou, vibrando as delícias de nascer e renascer a cada instante.



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cata-vento


Que saudades das ruas de terra,
do bairro humilde, casinhas pequenas.
Encantadores vizinhos, do leite da cabra,
 eu eram bem pequenina.

Menina tímida, às vezes calada, mas nunca brava
correr era o passatempo da época,
correr para o campinho, brincar de amarelinha, 
jogar bolinha de gude. mas parecia um menino.

Teve um dia, talvez o mais bonito de todos,
a menina boazinha, não coube dentro de si,
sorrindo com os olhos, estendeu as duas mãozinhas.

Ganhou um lindo presente, o primeiro cata-vento
e com ele de mansinho tornou-se para sempre
a dona do próprio ninho.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ausência


A ausência presente de que está do outro lado, é mais intensa do que os presentes ausentes, que transitam em nosso cotidiano.
Os ausentes não se impõem, não implicam, não questionam ou tomam posse de nosso espaço.
Eles simplesmente bailam em nossos pensamentos e nos acariciam através do vento, são tantos os ausentes em minha vida;
meu pai que não cheguei a conhecer, minha doce e enérgica mãe, irmãos, tios, primos...

Não os esqueço e as recordações não são carregadas de lamentos, pelo contrário,
são doces as lembranças.