segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Realização.



Subir mais um degrau, novas conquistas,
experiências, pessoas que entram e saem de nossas vidas.
Responsabilidades, sou responsável por mim, por minhas escolhas
e por quem mais?

Filhos, parentes, amigos, conhecidos, vizinhos, o motorista ao meu lado, que não respeitou o sinal,
o moleque malabarista na frente do carro , com a mão estendida.

Dou ou  não uma ajuda?

Me realizo na livraria, mas quantos ainda não sabem ler, me realizo passeando, brincando, comprando,
amando...
E daí?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Meu castelo!


Um dia eu sonhei que morava em um lindo castelo e o que mais me encantava nele era uma linda escada, que parecia não ter fim, em forma de caracol.
As escadas me fascinam, mais do que os castelos, era um sonho!

Os castelos tem um que de conto de fadas, reis e rainhas, as escadas... as escadas  prazer e dor, encontro e desencontro, natural e sobrenatural, novo e velho.

Quero uma escada que tenha um castelo, para deslizar pelos corrimões, subir e tocar no céu, contar os degraus, subir e descer, subir e descer...

O castelo em que moro, não tem uma escada.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Rosas!


Não torne o espinho da rosa,  mais importante do que sua beleza e essência.

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Rosa, eis a Rosa, não a rosa de Hiroshima,
Rosa minha vizinha, mocinha fútil, desfilando na rua, como se fosse na mais fashion
das passarelas.

Ah! Rosinha da quitanda, sorriso aberto e faceiro,
 ao contrário do rosto fechado da Rosa bancária;
D.Rosa da cantina da escola, a mais doce das senhoras.

Rosa e rosas...

Ganhei um dia o mais lindo buquê de rosas!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Outono?


Outono ou uma bela estampa de lençol?
Vejo também um atrás dos ramos, um belo pássaro branco.
Imaginação.

Café da manhã na cozinha, passos rápidos para o quarto;
toca o telefone, e a voz do outro lado, questiona:
por que não ligam para mim?

Porque complicamos a vida,  a suavidade da foto
desperta lembranças.

As ramificações ou sinais do tempo em um rosto, minhas avós, o velhinho sorveteiro,
o catador do papel, rostos enrugados pelo tempo.

As pequenas folhas, as gotas de lágrimas em um rosto,
 que podem ser de tristeza ou alegria.

Feita a lição de casa!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Japão!


Japão daqui, Japão de lá !
O que é cultuado lá, também
cultuam aqui.

As cores, os sabores, as danças!
Lições de vida, lições aprendidas?

Respeito e amor pelo chão,
em se plantando tudo dá...

Não dá não!

O homem se curva a ela, incansável fez da terra não prometida,
uma terra agradecida.

Frutos, frutas, flores e amores.

Ah! o Japão daqui, sente saudades do Japão de lá.

domingo, 15 de agosto de 2010

Charme!


O charme do pato é seu andar cadenciado,
parece não se importar com nada.

Pato do mato, pato do nado.

O pato e as patas, a pata do pato, no sítio tem pato?

Tem sim senhora!

tem pato, galinha, ganso ranzinzo,
peru muito bravo, que briga com o galo,
e o pato danado só fica de lado.


Que charme este pato!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O sentido único das coisas

"As coisas não tem significação; têm existência."

Trecho do "O guardador de rebanhos",
de Fernando Pessoa.



Ela existe
E isso basta.

Catedral, igreja, templo...


Minha primeira vez!
Fui levada pela minha mãe, não me recordo o evento: missa dominical, missa em homenagem ao aniversário de falecimento de alguém, Páscoa...
Quase todos os bancos da frente estavam ocupados por pessoas bem vestidas, homens, mulheres, crianças.
No ar um cheiro estranho de flores e velas.
Sentamo-nos em um banco, na penúltima fileira do lado esquerdo da igreja, ao lado da estátua de Jesus Cristo em tamanho normal, deitado dentro de um caixa de vidro, assustador para uma criança na minha idade.
Pessoas foram chegando e por pouco não fiquei espremida entre minha mãe e uma velha senhora que sentou-se ao meu lado.
Curiosa eu olhava as pessoas, as imagens de anjos pintados no teto da igreja, os ricos lustres, tudo tão novo e tão belo para mim.
De repente silêncio e em seguida a voz morna e lenta do padre ecoou por toda a igreja.
Ao meu lado minha mãe começou a balbuciar algo, hoje sei que era uma oração. Fiquei desconfortável até o fim da cerimônia, era um levanta, senta, ajoelha, levanta...
Sensações várias, desde então escolhi imaginar o meu próprio altar, em qualquer lugar e dia para conversar com Deus.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Avenida Paulista !!!



Mas poderia ser a avenida ou rua Maria Antonia, Angélica,
Brigadeiro Luis Antonio...
Alameda Rio Claro, Rua Augusta, não importa.

São Paulo e todas elas me trazem doces recordações.

Curso de Turismo em Pinheiros, na Rua Cardeal Arco Verde, não me lembro do nome da faculdade, Banco Noroeste na Alameda Franca, casa da minha tia Carminha na Rua Augusta.

Início da minha vida acadêmica e profissional (meu primeiro emprego), desisti do curso de Turismo, mas continuei no trabalho, até me descobrir grávida da Carol (1978) do meu primeiro namorado,  até hoje não consegui nomear todos o sentimentos, que me tomavam na época,  mas posso dizer que o mais bonito e o mais intenso foi o amor pela criaturinha que estava crescendo dentre de mim.

Mas, foi na segunda vez que fui morar em São Paulo, que me apaixonei pela mágica Avenida Paulista, em  um dos momentos mais  felizes da minha vida.

1994 conheci o Valtinho e juntos com a minha filha, nos mudamos para a Rua Antonia de Queiroz, esquina com a Rua Consolação, logo já estava trabalhando na UNIP - prédio da Gazeta e a ida e volta para o trabalho diariamente era uma festa para mim.

Momentos tristes foram proporcionados pela não adaptação da Carol à cidade e por sua rebeldia da adolescência, depois a perda daquele que foi muito mais do que companheiro para mim.

Avenida Paulista - samba enredo que poderia representar parte de minha vida.

Cotidiano!


Indo ou voltando, não sei!
Mas sempre passamos por lugares idênticos,
eu, voce, ele.

O que difere um do outro, cada qual em seu cotidiano,
não são os lugares, não são as ruas ou casas.

São os pensamentos, são as memórias, as escolhas de cada um de nós,
personagens de um mesmo palco; 
chamado vida.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tímida

Por que esconder?

Tão bela
Tão delicada
Tão singela
Tão... ela !!

Por que esconder ??

Contemplação!

Contemplo
Uma pipa no ar
Crianças brincando
Beijos roubados
Casais enamorados
Jardim florido
Ipê amarelo
Choperia fechada
Outdoor rasgado
Muros grafitados 
Água parada
Grama molhada
Nuvens dançando
Sol indo embora
Noite chegando

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Nossas escolhas, nossos caminhos!



Não acertei em todas, mas também não me arrependo de nenhuma delas.

Ah! nossas escolhas, nossos caminhos...

Afinal, estou aqui quase uma sexagenária, com uma alma ainda adolescente, ávida por novas descobertas.

De todas as minhas escolhas, creio que a principal delas, foi ter Fé.

  Fé  em Deus, no homem, no próximo, nos anjos....,                                              
  e desde então tenho superado os obstáculos, 
  reconhecido as oportunidades e me jogado, as vezes, 
  de olhos fechados em aventuras deliciosas.
                                                                                  

  Escolhi também crer em minha intuição e por conta
  dela, desviei de muitos atalhos que me levariam ao
  nada.

                                                                                    
 E as pessoas que fizeram diretamente ou 
 indiretamente parte de minhas escolhas, tornaram-se
 especiais para mim.





segunda-feira, 2 de agosto de 2010

domingo, 1 de agosto de 2010

Flor é o meu nome!


Simplesmente flor!
É o meu tempo, estou aqui, também  nasceram outras, como aquela nascida
no tronco 
  daquela outra árvore do sítio da D. Maria.

E nem é primavera...!

Mas não importa o tempo, todo momento é o meu tempo, todo tempo nascem  flores.