Saudades!

Saudades da pureza de minha alma, quando caminhava

entre as ruas, da selva de pedra em que eu habitava.

 Um dia encontrei o que pensava ser um doce jardineiro,

cuidador dos jardins e dos viajantes.

Não era doce, nem tampouco cuidador, era um ladrão

dos sorrisos, dos sonhos das transeuntes desavisadas e

ingênuas.

De forma brusca podou uma rosa, roubou um beijo

e  revisitou mais uma vez a pureza de uma flor e

a inocência de uma menina.

Espelho!

Espelho, espelho meu existe alguém assim,

tão como eu?

que desabrocha feito flor em qualquer estação.

que rejeita a tristeza e faz ode a solidão.

Não importa a resposta, sou e serei sempre assim, 

avessa as regras e equilibrista por natureza.

II

Olho para mim mesma, através do espelho,

e me pergunto quem sou eu?

Num instante também vejo a solidão

e respondo tu és muito mais

do que esta imagem refletida,

és a imensidão.

Calmaria

Não consegui ser a poesia de um por do sol

em sua vida e nem te trazer a paz

 da calmaria do oceano.

Eu tentei ser mais presente mas não fui,

pela distância imposta a nós dois,

coisas da vida!?

Não sei, ainda busco as respostas e tento 

me fazer de forte. Você ai e eu aqui,

inerte.