terça-feira, 5 de novembro de 2013

Mandala!


Ela está em mim,
em todos os momentos,
embriaga-se em meus aromas.

Desperta-me no meio da noite, 
como uma lança, 
atravessa meus poros
sangra em mim.

Estagnada, latente, louca,
priva-me de alguns sentidos,
Tenho-os todos?

Se tenho, perco-os 
de forma atrevida, não
me faço de rude.

A vida me fez assim.


domingo, 3 de novembro de 2013

Santa Senhora!


Santa senhora, livra-me da vontade de criticar
gratuitamente a outras pessoas.


Ria comigo sempre que meu riso for espontâneo
e coletivo.

Acompanha-me quando a minha caminhada
for para levar alento à alguém que precisa e
que  espera-me.


Desvia-me dos atalhos perigosos e
constantes em nossas vidas.

Ensina-me a ser ainda mais humilde com
o meu próximo.

A ser caridosa com aqueles que tem
menos do que possuo.

Inspira-me a poetizar, mesmo quando a
dor for dilacerante.

A amar mesmo quando eu achar
que não merecem o meu amor.



quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Arte


A sombra dita a hora,
e implacável o sol
dá os acordes e assim
calidamente o dia passa.
Você em sua caminhada,
capta as sutis mensagens,
seja em forma de desenhos
ou sentimentos partilhados.
Arte natura, arte nobre,
quais são os frutos da arte,
quem é a mãe natureza ?

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Frágil

Sua fragilidade imperativa a torna
tão forte no meio de outras tantas,
tão iguais, tão presentes.

Brinca com a natureza que lhe
  deu vida. que lhe deu nome,
cresce e  se multiplica.

Pertence a todos, pertence
ao mundo, pertence a quem
lhe cuidar primeiro.




terça-feira, 29 de outubro de 2013

Ninho


Na tua teia fiz meu ninho.
no meu ninho guardei
todos os meus segredos.

Tornaste de uma forma
tão despretensiosa o
guardião de meus dias.

Sutilmente aproveitei-me
dos teus abraços e os deixei
aquecer todo o meu corpo.

Não é nefasto este sentimento
nem tampouco generoso, 
quando pensou estar tão só.

Eis que enredo-me em tua trama.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Espinhos


Arranque um a um
os espinhos de sua frente.
Deixe de ser carente,
não perca o sorriso
se vier a dor.
Mude o olhar sobre
o mundo,sempre
haverá espinhos.,
esteja onde estiver.
Suba lentamente as escadas
reaja, busque a fé.
A tua fé.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Se eu pudesse voar


Se eu pudesse voar,
levaria em minhas asas

este amor acontecido
aqui e agora.
Não iria só, levaria comigo
as memórias futuras e meu
companheiro, amigo
de muitas horas.
Porquanto aos trancos e
barrancos vou me plantando,
neste chão me dado.
Quem sabe, em forma de broto novo
ficarei mais sossegada.

Meus galhos seriam abraços!


Queria ser uma árvore, não pelo porte 
que pode ser alcançado ou
pela grandeza de sua raiz.
Queria ser os galhos, pois destinaria
 cada um deles para um ente querido.
Mil galhos, mil abraços todos os dias,
não haveria uma pessoa sequer,
da família ou não, sem carinho, sem
um aconchego, sem um cheiro.
Não haveria questionamentos, sobre
quem eu amaria mais.
Mas, sendo eu uma árvore, quem se habilitaria
a regar 
todos os dias, a minha raiz?

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Além das flores!


Além das flores trouxe comigo,
um sorriso e a crença do amor amigo.


Procura!


Procurei o sol, encontrei a lua
não na mesma hora, pura rebeldia,
eu que me escondia  da noite,
esbarrei no dia.

No espelho das águas, reflexo da minha procura,
 contei segredos às sombras, descansei
as margens do rio, sonhei que ainda vivia.

Nem a noite, nem o dia,  quem assombrava-me sempre,
era simplesmente o fantasma da alforria.
O que fazer agora, sem amarras, sem memória
em plena luz tardia.



segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Brincadeira!


Que brincadeira é esta,
tuas mãos tão fortes,
segurando as minhas?

Lado a lado tuas mãos
 e as minhas, imperfeições
latentes ou paixões ardentes?

Brincadeiras sem respostas, 
áspera pele, dá o tom
de segurança, serei eu
uma criança?

Não importa o que eu veja,
eu terei sempre a lembrança
de que tuas mãos
um dia, amparou as minhas.

Necessito!


Ela está em mim,
em todos os momentos,
embriaga-se em meus aromas.

Desperta-me no meio da noite, 
como uma lança, 
atravessa meus poros
sangra em mim.

Estagnada, latente, louca,
priva-me de alguns sentidos,
Tenho-os todos?

Se tenho, perco-os 
de forma atrevida, não
me faço de rude.

A vida me fez assim.



Simplicidade!


Tua altivez chama minha atenção,
tua simplicidade me comove,
tua força me inspira.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Morada!


A força fez de nós,
sua morada, instalou-se
não pediu licença e
nos fez acreditar em sonhos.

E no alto do arranha-céu
recém construído, depositamos
nossas esperanças de uma
vida melhor.

Melhor para nossos filhos!

Em nossa lida, no dia a dia,
estreitamos nossas relações,
partilhamos o que trazemos
em nossas marmitas.

Voltamos depois com disposição
renovada para a casa,
sabedores que ganhamos
hoje, cada um, mais
dois irmãos.

Em mim.


Pousou em mim tão descaradamente,
brincou de contemplar
tudo em nossa volta.

E repentinamente foi embora,
levando consigo
meu bem querer.

Cotidiano.


Acaricia-me, faz das migalhas do tempo,
o alimento certo
para a próxima estação.

Não chore pelo tempo roubado,
junte os pedaços
monte o quebra-cabeça.

Tenha-me repetidamente,
até que o hábito
do abraço dado.

Te faça mais forte,
pedaço inteiro de mim.

sábado, 24 de agosto de 2013

Desdobramento!

O desdobramento da descoberta
é a alegria
O desdobramento da procura
é a verdade
O desdobramento da maturidade
é a experiência
O desdobramento da beleza
é o encantamento
O desdobramento do cuidado
é a saúde
O desdobramento da riqueza
é a solidariedade
O desdobramento do trabalho
é a satisfação
O desdobramento da morte
é a vida
O desdobramento da vida
é o amor
O desdobramento do amor
é a amizade
O desdobramento da amizade
é a poesia.

Bicicleta.



Empresta-me tua bicicleta, por
alguns segundos.
Prometo devolvê-la, sã e salva,
depois do passeio.

Responsabilizo-me pelo prazer
das primeiras pedaladas,
dividirei contigo as surpresas
que encontrar pelo caminho.

Abismo?


Beira do abismo, estática,
sapatos rosa.
Penso no nada, penso no tudo
que poderá estar lá embaixo.
Escuro, obscuro.
 Exercito minha imaginação,
antes do primeiro passo.
Tudo de repente, ganha  movimento,
novas cores.
Corre, corre.
Deixo para trás, o que não era
um abismo.
O olhar agora é outro, infinito.

Talvez flores!


Nem fruta/Nem flor/
Estampam/Meu dia/Posam/Na mesa/
No lixo/Sem cor.

sábado, 17 de agosto de 2013

Duas!


Somos duas, mesmo quando na multidão, na
contramão da vida nos
enxergamos uma.

Não há necessidade de tempo, nos falamos,
falamos e as palavras voam de
nossas bocas e posam suavemente
em nossas faces como tatuagem.

Nos ouvimos no burburinho de outra e
outras vozes, e a cada ideia pincelada, dita,
derramada.
Nascem novos projetos, nascemos nós.

Intensos são nossos segundos, frente a frente
ou mesmo a distância,
pulsa em nós a essência de sermos duas.

Relevante, irrelevante, foi o  início
deste processo, as trocas via e-mails,
 os desabafos on-line.

Desconstruímos continuadamente
o que nos parecia ser certo, exato, na
consciência do mundo.

Carecíamos da necessidade de moldar o
até então não parido, seja no barro ou
no papel.

Almas amigas, assim parecemos ser,
duas ou uma, na
criação voraz das duas.


Juntos.


Lado a lado, um olhar, uma direção,
perspectivas diferentes, mas uma mesma
expectativa.

E os dois seres, lado a lado
contemplam a paisagem alheios
a movimentação do tempo.

Talvez indagam, o que a vida tem a  oferecer,
tudo ou nada, a vida não
brinca, ela sempre devolve
o que dão a ela.

Palhaço


Não me enganas, com este teu
sorriso largo, nariz vermelho,
olhar distante e mãos nervosas.

Palhaço! encanta-me mais é este teu
jeito enigmático, triste, tua fragilidade
escondida na gravata borboleta e em
seus sapatos gigantes.

Me agrada tentar desvendar os segredos
que existem sob a couraça que veste,
bem antes de entrar em cena.

Enquanto tudo gira, enquanto os
estalos das palmas, torna-se a melodia
do ato.

Acompanho contida, teus trejeitos,
tuas piruetas, teu desassossego
na tentativa vitoriosa de dar á luz, ao riso.



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Dor

Ela, a dor chega de mansinho, sorrateira
se apropria de meu raciocínio, faz de
meu cérebro tua moradia.

Intensa se espalha como uma madona,
baila em minhas veias, tripudia de meus ossos
mas, não entrego-me.

Nem penso na possibilidade de perder
a guerra, posso perder a primeira batalha,
refaço meus planos, mudo minhas estratégias.

E a faço ver, que é tão frágil como eu
e neste embate, faço do ataque feroz
minha defesa.

Anjos.

Benditos sejam todos os anjos,
meus companheiros desta e de
outras jornadas.

A quem entrego minhas certezas, e dúvidas,
a quem aprendi a ouvir,
quando desperta ou em sonhos.

Anjos brincalhões, brincam de colorir os
meus dias e se afastam determinados,
quando exerço meu livre-arbítrio.

Anjos, anjos, meus anjos,
fazem parte de minha história, desde quando
eu era ainda, uma criança.

Cuidar!

Cuido de mim, como cuidaria de ti
se me fosse dado
o prazer de tê-lo, novamente
em meus braços.

Cuido de meus dias, com tal delicadeza,
como cuidaria de um velho bonzai,
deixado pelo caminho.

Cuido dos meus, em qualquer das estações do ano,
na primavera colho os sorrisos,
no verão a colheita são dos abraços.

Cuido de todos e uma vez ou outra,
deixo-me ser cuidada, adormeço no colo
da esperança e volto a ser criança.

sábado, 10 de agosto de 2013

Fé.



Não vou deixá-la nunca, pode acompanhar-me
aonde quiseres, jamais terei tão pura
 e complacente companhia.

Como uma flor!


A parte alheia de mim,
ri descaradamente das mazelas
de meu corpo.

Pensa que me engana, quando freneticamente
acaricia minha pele
quase sem cor.

Escancara sem sem piedade todos
os medos que estão guardados, lá no
fundo de meu peito.

Acorda-me no meio da noite
e me faz lembrar que mesmo hoje
acompanhada já estive só.

Esta parte abrigou-se inteira em meus poros,
embriagou-se em meu próprio cálice
fomos até companheiras.

Hoje exulta-se por pensar
que é a verdadeira dona de mim,
mas não é.

O porteiro de minha morada é um
senhor, chamado Eu.

Gato.


Não me olhe assim, doce gatinho,
eu não roubei os teus chocalhos.

Renda.


Rendo-me a folha que finge ser renda,
molhada de orvalho.

Tão bela!

Invejo-a em sua simplicidade, em sua
tagarelice no meio de outras.

Folha rendada, obra de Deus.

Viagem.



  Estou só em águas límpidas,
mas não subestime minha força,
nem tampouco meus sentimentos.

Nesta imensidão pequena 
diante da vida
encontro pedaços de minha memória.

Desvarios de mulher madura, aturo as impertinências
do cotidiano, me faço viajante e
acompanhante de meu próprio
sonho.

Estou no mar bandeira branca,
mas não busco a paz.

Vó Maria


Vó Maria tinha em seu quintal,
o mais lindo de de todos os pés
de jabuticabas, que eu conhecia até então.

Seus olhos negros pareciam duas
daquelas jabuticabas, 
daquele pé que tinha lá no seu quintal.

Vó Maria era tão doce, como doce era o licor
que fazia, das jabuticabas que eram colhidas 
do pé que tinha lá no seu quintal.

Vó Maria , as vezes, ficava azeda,
 como as jabuticabas
que caíam de maduras do
pé que tinha lá no seu quintal.

O sorriso de Vó Maria parecia o pé
de jabuticabas florido que tinha 
lá no seu quintal.

Vó Maria também era forte, com aquela
jabuticabeira que tinha
lá no seu quintal.

E como aconteceu com a jabuticabeira, 
que tinha lá no seu quintal,
Deus veio de mansinho e podou
para sempre o sorriso de Vó Maria.


E a levou para o céu.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Renascer

Renascer, nascer de novo
Aqui estamos, tão íntimas,
tão nós, cada qual com um sonho.