sábado, 18 de junho de 2011

Descanso


O teu descanso, me fez pensar
no meu cansaço.
Por onde ando eu, que não encontro-me,
sem tempo para o tempo.
Sem tempo de pensar, rascunhar
meus desencantos.
Tempo, tempo de brincar, abusar
das memórias da infância, por
em prática a vontades
das entranhas.
Ser criança neste agora que me toma,
não deixar escapar as imagens
que teimo em reconstruir,
mas que alguma dor,escondidinha
em minha alma impede-me
de lembrar.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Feridas



A arma fere, seja qual for ela,
a lâmina transpassa a carne
e a carne sangra, um tipo de dor.
A outra dor, veio de um papel,
que até então era branco, 
mas que alguém de posse de uma
caneta envenenou a todos.
Mais dor!
Palavras escritas ou ditas
são armas, armadilhas
desfazem supostas alianças
e criam fantasias.
Não acreditei.


Vou


Teu sorriso, é como uma porta aberta, 
convidando-me a entrar.
Leve, misterioso,como um 
cômodo vazio aguardando
novos móveis
para começar a ter forma.

Aconchegante.
Não sei onde as escadas, levarão-me
nesta etapa.
Sei que quero ir, embarcar
nesta estação que não é
desconhecida.

Levar comigo...