sábado, 17 de dezembro de 2011

Guarda-me



Guarda-me do sol, da chuva,
guarda-me da destemperança do tempo,
guarda-me da insatisfação do outro.


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Nascer


Nascer de novo, outra vez
o mesmo ventre!
Já não sou mais a mãe, nem
tampouco a mesma filha.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Encantamento



Não é tua culpa, se as flores
não desabrocharam, se o sorriso não se 
abriu por inteiro
naquela face, já tão conhecida.

Tudo tão igual, tudo todos os
dias, não sou eu, não somos nós.

A vida tem seus próprios toques
e ritmos, nem sempre dançamos a mesma
música, nem sempre estamos, assim tão disponíveis.

Cuido de teus momentos, mas 
sem compromisso, pois cuido também dos meus.
Não se culpe em demasia, viva sem tantas reflexões.

Deixe-se levar pelos balões de encantamentos, descubra
as cores e a ousadia de viver sem rebeldia.

sábado, 8 de outubro de 2011

Sonho

Pari um sonho, numa manhã
como uma outra qualquer.
Diferente estava eu,
coberta de coragem da cabeça
aos pés.
Não houve sangramento, quem o recebeu
nos braços, foi o companheiro meu,
portanto meu sonho não nasceu
órfão de pai.
Órfão de padrinhos também não.
Amigos acreditam que este rebento,
sonho meu, ganhará peso e me fará
feliz.
Assim espero eu, assim esperamos
nós.

Partida

Não doeu a dor do agora,
pois ela foi intensa uma
certa vez.
Relevante foram os momentos
que um dia compartilhamos
juntos, o principal deles,
a notícia de que seria pai.
Mais uma vez, nada mais a
dizer.
Como uma poesia inacabada,
poesias tem fim?
Não findou nossa amizade,
até a eternidade!
Descanse em paz.

domingo, 2 de outubro de 2011

Soberana


Soberana em seu habitat,
companheira das horas solitárias,
Jamile é o teu nome.
Desde de quando a conheço?

Carne

Esta carne que dilacera-me,
envolve-me, penso que mata-me.
Não sei!
Vivo plenamente, conscientemente,
 sei que não posso gostar, tanto assim.
A saliva em meus lábios é 
sinal constante
desta paixão, quase louca.
Luxúria permanente, devoro, devoro
num banquete, constante de outros
pensamentos.
Carne vermelha, branca, 
cores variadas, presente
constante em meus pesadelos diários.
Penso em outras formas de querer,
 ter
outros desejos, mas termino no ato
insensato
de comer, comer.

domingo, 25 de setembro de 2011

Assim!

Não deixe-me aqui,
tão sem memória,
preserve-me da dor
do abandono.
Rogai por mim,
em todas as horas.
Abrandai este desconforto,
abraça-me, antes da derradeira
hora.

Posso

Tudo e não posso nada!

sábado, 24 de setembro de 2011

O branco da mesa


Tão igual ao branco do cérebro,
tento lembrar-me, mas são vagas
as lembranças de hoje e de ontem.

No escuro, posso tatear e encontrar
ou tropeçar em algum obstáculo,então
sinto, chego a algum lugar.

Diferente do branco que dá, assim
tão de repente, busco a lembrança de algo 
que quero, mas ela foge, como uma
criança brincando de esconde, esconde.

Minha memória agora brinca de esquecer,
quase todos os dias, esforço-me para não
cair em tuas armadilhas, em vão.

Guardo coisas em lugares, que não lhe pertencem,
guardo-me da realidade que insiste 
em tornar-se presente, insisto  em não aceitá-la,
esqueço-me para onde posso fugir.

domingo, 21 de agosto de 2011

Quem

Não soube, das minhas dores,
ah! nem de meus odores,
passou tão politicamente correto.
Discursou  os seus dissabores, provou
das minhas alegrias, fugiu das minhas
vontades, se impôs nas noites vadias.
Contou-me algumas de suas histórias,
fez-se forte e fraco no mesmo dia.
Mas há de haver um motivo, para
ser lembrado agora.
Carência minha ou destrato a
antipatia.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Tentação

Eu o teria, quase sempre ao meu lado.
vermelho intenso, tentação diária,
mãos firmes, brinde à vida.


Fogo


Antes do fogo, as delícias descobertas,
puros e impuros, porque dar a pessoas ou atos, 
significados, valores, se o que vale mesmo,
são somente as sensações.

Na fenda do chão, esgueiro-me sem prestar contas
ao mundo, buscando quem sabe, o Eu
fugido de mim.

Terra partida que me abriga desde a vida, mãe insensata
derruba delicadamente teu filho ao chão, que culpa tem
as labaredas que cerceiam tua força.

Não combine os versos, os irmãos, os sons
que te destratam, somos chamas, não divinas
frutos da ocasião.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Raízes



Tão naturalmente o amor brotou em nós,
teu olhar cativou, não só a minha alma, 
como transformou a minha percepção
sobre o  mundo.

Sensação de plenitude, como pode
se juntar assim, o antes e o depois,
primeiro contato e nasce forte
um elo entre voce e eu.

Mesmo após tua partida,
em direção ao sol, ainda sinto
o calor do teu corpo, como
se outra raiz nascesse
incessantemente
dentro de mim.


Meu neto, fruto da minha raiz,
 fez-me ainda mais forte,
soberana, não haverá
vento forte, que me derrube
ao chão.



segunda-feira, 4 de julho de 2011

Força


Minha força vem daí,
da natureza, forte e delicada
ao mesmo tempo.

Sem esforço é bela, pungente
e vibrante.

Vida que proporciona vida, força
conjunta que sobrevive as intempéries
do tempo.

Braços que hospedam o que é igual
ou diferente, sempre em
harmonia.

O feio, torna-se belo
o caos pura magia.



Ausência



Há dor nesta ausência,
desde quando se foi.
Um porta-retrato sem foto,
uma moldura sem tela,
uma flor sem viço,
uma melodia sem força,
uma cadeira vazia.
Gemidos do tempo
teimam em permanecer
no que fomos.
Rascunhos guardados
revelam uma história de
amor.
Aí então surge no esboço,
o porque desta dor.

*************************

Poetisa menina, descobre ser
 gente grande no carnaval da avenida.
Dança, rodopia, tal qual
uma bailarina.

Tão doce esta menina,ingênua
eleva as mãos e deixa cair
confetes e serpentinas.

Faceira, guarda o sorriso,
quando não vê na cadeira
o dono de tua repentina
alegria

*****************

Casa


Ontem eu nasci, dentro de uma
pequenina casa
Nas primeiras horas de vida
voei para o mundo afora.
Fugi dos braços da morte,
escolhi o galho mais alto e
admirei as folhas no chão.
O hálito da vida aqueceu-me por inteira
e o sol ensinou-me a brincar.
Na casa pequenina nunca mais eu voltei.

sábado, 18 de junho de 2011

Descanso


O teu descanso, me fez pensar
no meu cansaço.
Por onde ando eu, que não encontro-me,
sem tempo para o tempo.
Sem tempo de pensar, rascunhar
meus desencantos.
Tempo, tempo de brincar, abusar
das memórias da infância, por
em prática a vontades
das entranhas.
Ser criança neste agora que me toma,
não deixar escapar as imagens
que teimo em reconstruir,
mas que alguma dor,escondidinha
em minha alma impede-me
de lembrar.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Feridas



A arma fere, seja qual for ela,
a lâmina transpassa a carne
e a carne sangra, um tipo de dor.
A outra dor, veio de um papel,
que até então era branco, 
mas que alguém de posse de uma
caneta envenenou a todos.
Mais dor!
Palavras escritas ou ditas
são armas, armadilhas
desfazem supostas alianças
e criam fantasias.
Não acreditei.


Vou


Teu sorriso, é como uma porta aberta, 
convidando-me a entrar.
Leve, misterioso,como um 
cômodo vazio aguardando
novos móveis
para começar a ter forma.

Aconchegante.
Não sei onde as escadas, levarão-me
nesta etapa.
Sei que quero ir, embarcar
nesta estação que não é
desconhecida.

Levar comigo...



terça-feira, 31 de maio de 2011

Provocações

Provoca-me,
e eu vomitarei no mundo,
todas as dores de "nós".

Não sentirei remorsos
em revolver minhas entranhas ou
sangrar minhas lembranças.

Serei eu mesma, dona de mim,
ressaca do mar.

Tempo


Não sei se quero ir,
não sei se quero ficar.

Contemplo o trilho do trem,
me fez tão bem,
me faz tão bem.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Apaixonada


Apaixonada por Deus,
este é o sentimento que me toma,
ao encontrá-lo nos mais prováveis
e improváveis lugares.

Doce natureza é a Tua,
está em tudo e teimamos
em querer ver para crer.

Como se o simples,
não fosse digno de Ti.

Meu mundo


Ainda assim, este será o
meu mundo.

E Você será o meu Eu.

Simples como Você é meu Pai,
e eu Tua filha.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Teu olhar


Leveza, curiosidade, segurança,
sentimentos prováveis deste pequeno ser e,
também da pessoa que o observava,
No momento exato em que estava
sendo registrado.

O olhar da fotógrafa em questão,
vai além, das nuances captadas,
pelas lentes de sua camêra.

Ela não nos vê simplesmente,
nos enxerga, nos descobre
e nos faz descobrir a
nós mesmos.

O pássaro já não está mais,
no mesmo lugar, a fotógrafa
 retornou para o seu ninho.

Eu estou aqui, sentindo a falta
dos dois.


terça-feira, 26 de abril de 2011

Sonho?

Acordei de mim e não consegui
encontrar a mulher que eu era, antes
de dormir.

Olhar encantado, sorriso renovado,
de gueixa a guerreira, não estou nem aí
para o leite derramado, pão quase tostado.

O relógio do microondas, no canto da cozinha,
tornou-se insignificante, antes tão importante
na lida do novo dia.

Saí sem pressa, um bom dia pra vizinha,
parei na banca de revistas, há quanto tempo
ela mora nesta esquina?

Do outro lado da rua, o cheiro de café
de padaria, cheiro de vida, vida que entra, outra que sai,
um bom dia de alguém.

Tudo tão diferente, antes tudo parecia
tão igual.


terça-feira, 19 de abril de 2011

Minha pequena fada


Com seu vestido branco de bailarina,
ela brinca de morar em  meus pensamentos desde 
que eu era uma tímida garota.

Minha mágica amiga, guarda consigo, quase todos
os meus segredos e conta para mim alguns segredos
de sua natureza.

Fada amiga, fada madrinha...

sexta-feira, 25 de março de 2011

Vela

A chama da vela
parece
dançar antes da
derradeira partida.
Do vazio, da escuridão.
Mas os anjos falam, sem a voz
cálida da consciência.
Quem somos,
todos anjos?

Pai

Meu pai morreu, no segundo
ano de minha existência.
Fica lá, sempre passeando em meus pensamentos,
sem um rosto definido.
Ora amado, ora odiado.
Como pode morrer assim, um pai,
e deixar um mundo vazio para sua filha.

Sou eu

Como fazê-lo entender,
que não somos só nós no
entorno.
O mundo não se reinventou
por voce.
Sou mais que uma simples mulher
que você quer.
Quem abraçaria o mundo que trago
dentro de mim, quem
descobriria comigo, todos os
meus segredos e mesmo assim,
colocaria a cabeça sobre o meu colo.
Não sei.
Mesmo assim, minha alma insiste em ser
solidária a este amor que desanda,
bem no fundo de nosso quintal.

Pensar

Pensamento vagos,
sempre assim,
nos finais das tardes.
Um vazio que abraça-me,
fortemente, mesmo você
estando ao meu lado.
Concentração zero,
em qualquer coisa
que eu tente fazer, sons embaralhados,
ansiedade.
Quero ir, desejo de partir correr
de braços abertos,
como quando eu brincava ao lado do mar.
Não é você, adoro rir contigo,
sentir tuas mãos sobre os meus seios,
todas as manhãs.
Nossa história é recente,
não é justo.

terça-feira, 22 de março de 2011

Anjo Guardião

Anjo, meu pequeno grande guardião,
quando voltares do teu passeio pelo infinito,
abraça-me, como a uma criança que sou.

Leva-me para passear e cante comigo,
aquela canção infantil, ensina-me a descobrir
todas as crianças em mim.

Vamos depois brincar de pular pelas nuvens,
molhar-nos nas águas da chuva e pedir
para o sol  brincar um pouco também.

Na volta, não será necessário haver despedida,
quando bater saudades, eu gritarei ;
Meu anjo guardião.

Qual é o teu nome?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Morada

Ela mora em mim!
Escolheu-me entre tantas outras e veio,
se aconchegou em meu ventre e fez dele a sua morada.
Trouxe-me, apesar das circunstâncias, a paz materna e
segurança.
Segura de mim, passei a ser dela e ela a ser minha,e as duas
do mundo.
Fomos crescendo e de repente, não sei precisar em que momento,
alçou vôo , desde então, não há mais aconchego.
Ela mora em mim.
Ouço a sua voz, mas ela reluta e foge de mim
Mas quem somos nós?
Moradias escolhidas por anjos, muitas vezes, indomáveis.
Ela mora em mim, mas ainda não sabe, que é a força
que me mantém em pé.



sábado, 12 de fevereiro de 2011

Meus amores

Eu sei, eu sempre soube deste amor e
dos outros que já tive.
Não foram impetuosos, chegaram e partiram um a um
na calmaria do tempo.
Uns ficaram mais outros menos, igual foi somente
a intensidade da entrega.
Eu apenas esperava-os, com o olhar atento,
e a alma ensaiando a canção de boas vindas.
Um a um de jeito e modos diferentes, trouxeram consigo
a magia da senhora felicidade.
Algumas vezes intensamente, outras delicadamente.
Tenho guardado na memória, a contribuição de cada um à minha história e
no olfato o cheiro de amor bem temperado.

Amor

Não minta a si mesmo, nem finja para o
mundo que não viveu este amor.
Eu ainda o vejo, lá no fundo de seus olhos,
mesmo quando os desvia dos meus.
Não éramos crianças, e este amor
foi tão simples, tão nosso...
Um amor assim não morre.

Dia

Acordar com o sol do meio dia,
deixa-me zonza, sem conseguir
estabelecer o meu ritmo.
Mas quem importa-se com isso?
Coloco-me em pé, mesmo que trêmula, e
todos em minha volta ainda esperam  pelo café.
Meus ouvidos só detectam um estranho zumbido,
que parece ser o som de uma música eletrônica.
Sol do meio dia, e os que já estavam acordados,
permanecem estáticos.
Neste momento, em que volto lentamente a rotina,
sou o gerador que energiza braços e sorrisos.
Assim sou eu, ao meio dia.

Sorriso

Num dado momento, teu sorriso escancarado
fez diferença em minha vida.
Foi quando ele desfez meus conflitos, duvidou
da minha maturidade e zombou da minha
ingenuidade.
Alegre sorriso, cópia deste estampado
em minha face.
Virou segredo.
Teu sorriso deu a luz ao meu,
ou o meu  ao  teu?

Possibilidades

Possibilidades mil...
de ir embora, ficar, sentir saudades.
Deixar a chuva molhar meu corpo,
eleger esta cidade, como minha cidade natal.
Lembrar que vim de outro lugar, que tive
outros amores.
Que fui feliz, que sou feliz por ter te
encontrado aqui.
Que ainda posso formular novos projetos,
brincar de ser poetiza, sorrir pelas manhãs
e acreditar ainda mais em meus  amigos.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Conexão Divina!



Aí imaginei um anjo entre as nuvens,
Diferente, alado...que pudesse de tão perto,
descer pela árvore tão próxima do céu.

Nada disto aconteceu!

Na volta para casa, distante da árvore,
um anjo me recebeu, com um sorriso acolhedor,
me estendeu as mãos e falou:

Querida, chegamos em casa, nosso
passeio acabou.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Descobertas.



Nos descobrimos na idade certa, no tempo exato,
nem um segundo antes ou depois.
Compartilhamos nossas experiências, 
enriquecemos nossas vivências.
Amar é ter calma, é olhar sem pressa
e abraçar sem medo.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Proposta!


Proponho a voce, que sorria
mais comigo,
que tome suavemente
 as minhas mãos
na tuas e me leve a passear, 
mesmo que sob a chuva.
Que não pense tanto no amanhã
 e que não fique tão sério hoje,
que estamos juntos.

Proponho que descubra a beleza
de uma flor e que preste atenção
ao som da vida, do mais frenético 
ao mais suave, como o cantar de um pássaro.

Proponho a voce que compartilhe comigo,
tuas dúvidas e que me ajude
a desvendar as minhas.

Proponho a voce, aceitar o meu amor
mesmo que este não lhe pareça, a primeira vista
tão encantador.