terça-feira, 26 de abril de 2011

Sonho?

Acordei de mim e não consegui
encontrar a mulher que eu era, antes
de dormir.

Olhar encantado, sorriso renovado,
de gueixa a guerreira, não estou nem aí
para o leite derramado, pão quase tostado.

O relógio do microondas, no canto da cozinha,
tornou-se insignificante, antes tão importante
na lida do novo dia.

Saí sem pressa, um bom dia pra vizinha,
parei na banca de revistas, há quanto tempo
ela mora nesta esquina?

Do outro lado da rua, o cheiro de café
de padaria, cheiro de vida, vida que entra, outra que sai,
um bom dia de alguém.

Tudo tão diferente, antes tudo parecia
tão igual.


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