sábado, 24 de setembro de 2011

O branco da mesa


Tão igual ao branco do cérebro,
tento lembrar-me, mas são vagas
as lembranças de hoje e de ontem.

No escuro, posso tatear e encontrar
ou tropeçar em algum obstáculo,então
sinto, chego a algum lugar.

Diferente do branco que dá, assim
tão de repente, busco a lembrança de algo 
que quero, mas ela foge, como uma
criança brincando de esconde, esconde.

Minha memória agora brinca de esquecer,
quase todos os dias, esforço-me para não
cair em tuas armadilhas, em vão.

Guardo coisas em lugares, que não lhe pertencem,
guardo-me da realidade que insiste 
em tornar-se presente, insisto  em não aceitá-la,
esqueço-me para onde posso fugir.

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