Tão igual ao branco do cérebro,
tento lembrar-me, mas são vagas
as lembranças de hoje e de ontem.
No escuro, posso tatear e encontrar
ou tropeçar em algum obstáculo,então
sinto, chego a algum lugar.
Diferente do branco que dá, assim
tão de repente, busco a lembrança de algo
que quero, mas ela foge, como uma
criança brincando de esconde, esconde.
Minha memória agora brinca de esquecer,
quase todos os dias, esforço-me para não
cair em tuas armadilhas, em vão.
Guardo coisas em lugares, que não lhe pertencem,
guardo-me da realidade que insiste
em tornar-se presente, insisto em não aceitá-la,
esqueço-me para onde posso fugir.
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