segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cata-vento


Que saudades das ruas de terra,
do bairro humilde, casinhas pequenas.
Encantadores vizinhos, do leite da cabra,
 eu eram bem pequenina.

Menina tímida, às vezes calada, mas nunca brava
correr era o passatempo da época,
correr para o campinho, brincar de amarelinha, 
jogar bolinha de gude. mas parecia um menino.

Teve um dia, talvez o mais bonito de todos,
a menina boazinha, não coube dentro de si,
sorrindo com os olhos, estendeu as duas mãozinhas.

Ganhou um lindo presente, o primeiro cata-vento
e com ele de mansinho tornou-se para sempre
a dona do próprio ninho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário