sábado, 4 de novembro de 2017

Voltando.




Voltar de mim mesma é rotina,
deixo me perder em meus sonhos,
e na manhã onde recomeçar se faz necessário
mergulho na realidade que me assombra.

Cobro de mim mesma coragem, coragem para
abrir os olhos, coragem para colocar bem devagar
meus pés no chão que nunca foi meu.

Respiro como se fosse obrigada a viver
tudo novamente, mas o barulho dos pássaros
esperando o café da manhã feito de sementes
só para eles.

Me deixa feliz, não uma extraordinária felicidade,
e sim a felicidade daqueles que sabem que tudo calmamente
será igual ao dia anterior.



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