Somos duas, mesmo quando na multidão, na
contramão da vida nos
enxergamos uma.
Não há necessidade de tempo, nos falamos,
falamos e as palavras voam de
nossas bocas e posam suavemente
em nossas faces como tatuagem.
Nos ouvimos no burburinho de outra e
outras vozes, e a cada ideia pincelada, dita,
derramada.
Nascem novos projetos, nascemos nós.
Intensos são nossos segundos, frente a frente
ou mesmo a distância,
pulsa em nós a essência de sermos duas.
Relevante, irrelevante, foi o início
deste processo, as trocas via e-mails,
os desabafos on-line.
Desconstruímos continuadamente
o que nos parecia ser certo, exato, na
consciência do mundo.
Carecíamos da necessidade de moldar o
até então não parido, seja no barro ou
no papel.
Almas amigas, assim parecemos ser,
duas ou uma, na
criação voraz das duas.
A sutileza de escrever e fotografar são realmente algo que deve ser registrado e admirado por todos que amam um bom blog.
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